Juarez Machado finaliza restauro do painel “O Grande Circo”


Artista apresenta pintura das peças da obra localizada no Centreventos Cau Hansen, em Joinville

Depois de dois anos de tratativas, o artista Juarez Machado finalizou o restauro das peças faltantes do painel “O Grande Circo”, localizado no Centreventos Cau Hansen, em Joinville. Os trabalhos foram efetuados no Laboratório da Cerâmica Portobello, localizada na cidade de Tijucas.

As atividades iniciaram no dia 5 de agosto e levaram uma semana. Todo o material utilizado pelo artista foi doado pela Cerâmica Portobello. A articulação entre a empresa e Juarez Machado foi coordenada pela Fundação Cultural de Joinville (FCJ), que continua à frente do processo para a colagem das peças e demais atividades ligadas ao restauro painel.

Ainda como parte do restauro da obra do Juarez Machado, a Fundação Cultural de Joinville contratou técnicos indicados pela empresa Portobello para avaliar as outras peças do painel. O professor de técnicas de construção, do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina, Humberto Roman, e o engenheiro Aécio Miranda, estiveram em Joinville na última segunda-feira, 11 de agosto, para analisar a obra.

O laudo com o resultado da análise deve ficar pronto em até 15 dias, mas os técnicos orientaram que as peças restauradas não devem ser coladas. “Recolocar as peças não é a atitude mais recomendável no momento”, afirmou Miranda. “Ainda vamos estudar a melhor maneira de proceder, mas a princípio, o ideal seria remover todas as peças e instala-las novamente”, indicou o professor Humberto. A Fundação ainda aguarda o laudo estrutural do painel, efetuado por técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville (Ippuj).

De acordo com Charles Narloch, presidente da Fundação Cultural de Joinville, mesmo com o Centreventos Cau Hansen sendo administrado pela Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Joinville (Conurb), a instituição tratou do restauro da obra de Juarez Machado por entender que o painel é um patrimônio artístico da cidade.

“Tudo que foi efetuado no painel até agora foi investido pela Fundação Cultural, como a contratação dos técnicos, análises e instalação de redes de segurança. Entretanto, a Fundação não possui verba para novos processos relacionados ao restauro, ainda mais para efetuar a retirada de todas as peças e reinstalação das mesmas, caso essa seja a melhor solução”, destaca Narloch. O presidente ressalta que, a partir dos resultados dos laudos irá conversar com o prefeito Municipal, Marco Tebaldi, para saber como proceder e quem irá arcar com as possíveis despesas.

fonte: FCJ