DJ Paula Pedroza nas pistas de Joinville


Com o aparecimento de várias casas noturnas como Moom Art N’ Music e Maze, Joinville tem recebido cada vez mais DJs e está se tornando um ponto de referência de Santa Catarina. Em maio, uma das atrações que passou pela cidade foi a DJ carioca Paula Pedroza. Com um estilo entre o tech house e o eletro house, ela sofre influências de underground como Sven Väth, até sons mais comerciais como John Acquaviva e Tocadisco. Paula tocou na Moom e aproveitou para conversar com O Caminhante Noturno.

Paula Pedroza é uma DJ que toca para a pista, por isso, gosta de chegar um tempo antes para sentir o clima das pessoas e saber o que colocar nas pick-ups. Ser mulher abre portas no mundo da música eletrônica. “Sem dúvida, é uma idéia fascinante ter uma mulher comandando o som, além de ser diferente tem certo charme. Mas acho que se a DJ não toca bem, dá margem a comentários preconceituosos. Por isso tento tocar melhor a cada dia e me superar para sempre merecer estar tocando, porque faço a pista ferver independente de eu ser mulher”, declara.

A DJ começou a atividade há três anos por influência de seu tio que já faz parte da cena de música eletrônica. Neste pouco tempo de discotecagem, Paula considera as festas nas Pachas, de Nova York, São Paulo e Búzios suas principais apresentações.

Após uma temporada de dois anos em Nova York, ela já tocou em São José dos Campos (SP), Brasília e em Balneário Camboriú (SC). “Minha carreira no Brasil esta só começando, mas gosto da velocidade com que as oportunidades têm aparecido”, afirma. Como estava em Nova York, Paula teve contato com grandes nomes da música eletrônica, como Eric Morillo, Steve Angello, Claude Vonstroke e Derrick Carter.

Vida de DJ

O cotidiano de um DJ é cansativo, Paula chega a tocar por cinco horas seguidas. “Na hora não sinto nada, mas no dia seguinte parece que malhei pesado na academia”, revela. Às vezes, nem tempo de descansar dá, pois tem que pegar um avião direto da balada para voltar para casa. Ela também presta atenção em outros DJs, como forma de estudo. Esta vida pode ser bem desgastante.

“Mas você esquece tudo de ruim quando tem uma pista dançando com as mãos pra cima na sua frente, é muito recompensador. Fazer as pessoas dançarem é um vício para mim”, expõe.

Segundo Pedroza, tocar no Brasil está em alta, pois “a reação da pista aqui é incrível e isto faz com que os DJs de fora queiram sempre voltar”. Os DJs brasileiros têm um diferencial: “são excelentes pois são antenados e tem todo um swing especial característico do brasileiro”.

Com sua experiência internacional, ela fala com propriedade, pois tocou para diversas pessoas de culturas diferentes. “O brasileiro é muito espontâneo e emotivo, ingredientes excelentes numa pista de dança. Tocar no Brasil é sempre muito empolgante”, conclui.